Você sabia que muitas pessoas decidem contratar planos de previdência privada devido indicação de seus gerentes do banco?
Que nem sempre as pessoas recebem as informações necessárias para tomar essa decisão e em muitos casos não sabem nem como funcionam?
Você está entre essas pessoas e gostaria de entender melhor e de forma simples sobre Previdência Privada?
Eu sou Renan Diego, fundador do Produtividade Financeira e vou ficar com você até o final desta leitura pois tenho certeza que vai te ajudar muito.
Após a leitura deste artigo você vai entender de forma simples o que é, para que serve, como funciona e quais são os tipos de previdência privada.
Vamos nessa?
Entenda antes de se arrepender!
Existem muitos casos que pessoas tem grandes decepções quando contratam um plano de previdência privada sem entender e se não entende não consegue alinhar aos seus objetivos financeiros.
Muitos escolhem a previdência privada pensando:
- Que é como a poupança;
- Como uma forma de seguro;
- Em guardar dinheiro para curto e médio prazo; e
- Em ter uma aposentadoria garantida.
Eu sou um desses casos que me arrependi pois fiz a escolha errada por falta de conhecimento logo no início da minha jornada.
Por causa disso decidi escrever de forma simples tudo que você precisa saber para não se arrepender quando for contratar um plano de previdência privada.
O objetivo deste artigo não é dizer se a previdência privada é ruim ou boa para você, o que eu faço é te ajudar a entender sobre o assunto e com esse conhecimento você poderá tomar suas próprias decisões, afinal os objetivos são seus e não meus, não é verdade?
“A previdência privada não é ruim, o ruim é você contratar sem conhecer!”
O que é previdência privada?
A Previdência privada também é conhecida como previdência complementar, pois serve como um complemento à previdência pública, já que muitos acreditam que através dela terão rendas melhores que as oferecidas pelo INSS.
Apesar de ser um tipo de aplicação financeira destinada à aposentadoria ela não está ligada ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Toda a previdência privada é fiscalizada por um órgão federal chamado Superintendência de Seguros Privados (Susep).
O seu principal objetivo é garantir uma renda mensal no período em que você for se aposentar.
Você deve estar se perguntando: “entendi Renan, mas como ela funciona?”
Normalmente você deposita uma quantia mensal por um período de tempo, e após esse tempo você começa a receber o dinheiro como uma renda-extra, um complemento à previdência social.
Não pense que se você depositar uma quantia e deixar lá ela vai te dar uma renda complementar bacana no futuro, pois não vai.
Para fazer sentido e ter uma renda no mínimo justa no futuro você precisa dar aportes com uma certa frequência.
Sistema de previdência complementar
Existem dois tipos de sistema de previdência complementar: fechado e aberto.
Sistema de previdência complementar fechado: É um plano destinado à profissionais ligados a uma empresa, sindicatos, servidores públicos ou entidades de classes.
São os chamados fundos de pensão, oferecidos por empresas como benefício para seus funcionários.
Tem como característica o funcionário contribuir com uma parte do seu salário e a empresa também contribuir, geralmente com o mesmo valor.
Sistema de previdência complementar aberto: É um plano em que qualquer pessoa pode contratar um plano de previdência por meio de uma seguradora ou banco, são as conhecidas previdência privada.
Quais são os tipos de previdência privada que existem?
Os tipos comercializados nos bancos e seguradoras são: PGBL e VGBL
A principal diferença entre os dois está no regime tributário e nos dois casos os descontos dos impostos ocorre apenas no resgate.
Tanto o PGBL quanto o VGBL têm por finalidade a acumulação de recursos no longo prazo com o intuito de complementar a renda na aposentadoria.
Vamos entender melhor sobre cada plano.
1. Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL)
No PGBL o Imposto de Renda (IR) incide sobre o valor total a ser resgatado ou recebido em forma de pagamento mensal na hora do resgate.
Vamos dar um exemplo para facilitar o entendimento:
Se uma pessoa depositou R$100.000,00 no PGBL, e após alguns anos esse valor somado com os rendimentos é de R$140.000,00.
O IR a ser pago no momento do resgate será em cima dos R$140.000,00, que é o valor total e não em cima da rentabilidade que foi de R$40.000,00, como acontece em alguns outros investimentos.
Ficou claro? Então vamos continuar.
“O PGBL é recomendado para pessoas que fazem suas declarações de imposto de renda em formulário completo e normalmente pagam mais imposto no momento da entrega da declaração.”
Dessa forma tem o direito de deduzir de seu imposto o valor pago ao PGBL, desde que esse valor represente até 12% de sua renda bruta anual.
Ficou um pouco complicado?
Relaxa e continue lendo pois logo abaixo eu coloquei umas dicas para você não pagar IR duas vezes e lá tem um exemplo que vai te ajudar a entender de forma bem simplificada.
2. Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL)
O VGBL não pode ser abatido no imposto de renda, diferente do PGBL que pode.
No VGBL o Imposto de Renda (IR) incide somente no valor dos rendimentos, ou seja, somente no dinheiro que você recebeu de juros.
Usando o mesmo exemplo do PGBL:
De uma pessoa que depositou R$100.000,00 no VGBL, e após alguns anos esse valor somado com os rendimentos é de R$140.000,00.
O IR a ser pago no momento do resgate será em cima dos R$40.000,00, que é somente o valor dos rendimentos.
“O VGBL é indicado para pessoas que declaram imposto de renda nos formulários simplificados ou nem declaram imposto.”
Se quiser entender um pouco mais sobre o regime de tributação das previdências privadas dá uma lida neste artigo que tenho certeza que vai te ajudar.
Um grande abraço,
Renan Diego